- Inicia-se desde cedo (Bradley & Bryant, 1983; Carraher & Rego, 1984; Capovilla & Capovilla, 1998; Liberman et al., 1974; Torgensen, Wagner & Rashotte, 1994, cit. por Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006; Freitas, 2004);
- Desenvolvimento progressivo ao longo da infância (Freitas, 2004);
- Depende de:
- Experiências linguísticas (Lane & Pullen, 2004);
- Desenvolvimento cognitivo da criança (Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006);
- Características específicas de diferentes capacidades de CF (Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006);
- Exposição formal ao sistema alfabético, com a aquisição de leitura e escrita (Goswani & Bryant, 1990; Lane & Pullen, 2004; Maluf & Barrera, 1997; Morais et al., 1979; Morais, Mousty & Kolinsky, 1998 cit. por Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006).
- Apesar deste desenvolvimento nem sempre ocorrer na mesma ordem, os estudos são unânimes quando referem que o nível mais complexo de CF e, portanto, a última capacidade a surgir, é a consciência fonémica (Freitas, 2004; Lane & Pullen, 2004; Sim-Sim, 1998).
Desenvolvimento fonológico
- 30 meses
- Detecção de eventuais erros na produção do seu enunciado ou no dos outros interlocutores (auto-correcções) (Sim-Sim, 1998).
- 36 meses
- Distinção de todos os sons da sua língua materna, pelo que consegue distinguir as cadeias sonoras aceitáveis na sua língua, corrigindo as não passíveis (Sim-Sim, 1998).
- 3 - 4 anos
SS- Manifestam capacidades de CF: reconhecem rimas e aliterações, identificando as primeiras (Cardoso-Martins, 1994 cit. por Freitas, 2004; Treiman & Zukowski, 1996 cit. por Freitas, 2004);
SS- Prazer lúdico com as rimas através de jogos de sons e de palavras, nas quais a criança faz deturpações voluntárias, criando palavras novas (aldrabão/trapalhão – traldrabão) (Sim-Sim, 1998);
SS- A produção de rimas é uma tarefa mais fácil, comparativamente à de segmentação de sons ou de identificação fonémica (Duncan, Seymour & Hill, 1997 cit. por Freitas, 2004);
SS- Dificuldades em identificar a palavra no contínuo sonoro, competência que é consolidada ao longo do percurso escolar (Alves, Freitas & Costa, 2007).
- 4 anos
- Maiores dificuldades em tarefas de consciência fonémica quando comparada à silábica (Freitas, 2004);
- Capacidade de segmentar silabicamente unidades lexicais compostas por duas sílabas (Sim-Sim, 1998);
- Maiores dificuldades na segmentação de palavras polissilábicas e/ou monossilábicas (Sim-Sim, 1998).
- 6 anos
- Domínio, quase total, da capacidade de segmentação silábica (Sim-Sim, 1998);
- Maiores dificuldades nas tarefas relativas à consciência fonémica, pois ainda não há o apoio da escrita. No entanto, com a aprendizagem da leitura há conhecimento adicional sobre a estrutura linguística (Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006);
- A CF vai-se complexificando, sendo necessário receber instruções formais que explicitem as regras de correspondência dos sons da fala na escrita alfabética (relações fonema/grafema) (Jenkins & Bowen, 1994 cit. por Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006);
- Desenvolvimento da consciência fonémica (Jenkins & Bowen, 1994 cit. por Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006).
- A partir dos 6 anos
- Maior desenvolvimento das capacidades metafonológicas, devido à aquisição da escrita (Freitas, 2004);